20/06 – Imaculado Coração de Maria

A devoção ao Imaculado Coração de Maria teve em São João Eudes um promotor. Ele compôs um ofício a esse Imaculado Coração, e começou a pregar a devoção aos Sagrados Corações de Maria e de Jesus.

Isso porque Maria é a Medianeira universal, e mereceu e dispensa todas as graças que foram e serão concedidas aos homens. “Deus quer que todas as graças passem pelas mãos de Maria” (São Bernardo). Ela é comparada a um canal e a um aqueduto pleno, nos quais passam todos os tesouros e todos os dons ou graças do Espírito Santo. O privilégio da mediação universal é uma consequência da divina Maternidade de Maria, de sua plenitude de graça, de seu título de Co-redentora. Ela acha-se associada a Cristo na redenção e na aquisição da graça; a Ela foi confiada a missão de Mãe dos homens, que Ela forma para a vida eterna (Missal Romano Quotidiano, Edições Paulinas, 1959).

Entretanto, foi mais recentemente, em Fátima, que a devoção ao Imaculado Coração de Maria teve um desenvolvimento muito grande, incentivado pela própria Nossa Senhora. Na terceira Aparição dela aos três pastorzinhos na Cova da Iria, ela lhes mostra o Inferno, dizendo-lhes: “Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores; para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

Jacinta, a mais nova dos três videntes tornou-se, a seu modo, uma missionária dessa devoção. Temos um exemplo disso quando ela, ao despedir-se de Lúcia antes de partir para Lisboa para ser operada, recomendou-lhe veementemente: “Tu permaneces aqui para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando tiveres que dizer isto, não te escondas”. E acrescenta: “Diz a todo o mundo que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Que se peça a Ela. Que o Coração de Jesus quer que, a Seu lado, se venere o Imaculado Coração de Maria. Que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria; que Deus a entregou a Ela. Oh! Se eu pudesse meter no coração de todo mundo o fogo que tenho aqui dentro do peito queimando-me e fazendo-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!..”.

Mais tarde, no dia 10 de dezembro de 1925, Nossa Senhora, apareceu outra vez a Lúcia, única sobrevivente dos três videntes, que se tornara religiosa na Congregação de Santa Doroteia. O fato ocorreu na cela da religiosa na Casa das Doroteias, em Pontevedra, na Espanha. A Mãe de Deus tinha a seu lado o Menino Jesus,  e numa das mãos um Coração rodeado de espinhos. Apontando para ele, disse o Menino Jesus: “Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.

A Santíssima Virgem, por sua vez, disse: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que, durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço, e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”. Esta é a consoladora devoção dos Cinco Primeiros Sábados do Mês.

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