18/02 – Santa Bernardete Soubirous, Virgem

Essa vidente de Lurdes, canonizada em 1933 pelo papa Pio XI, teve sua festa fixada para este dia, em que Nossa Senhora lhe prometeu fazê-la feliz, não nesta vida, mas na outra. É também o dia em que ela é venerada no seu país de origem, a França. Entretanto, em muitos outros lugares ela o é no dia 16 de abril.

Maria Bernarda, conhecida pelo diminutivo de Bernardete, nasceu em Lurdes em 1844, filha de um pobre moleiro que se viu obrigado a abandonar o moinho e a viver com muitas dificuldades numa casa da povoação que tinha servido de prisão.

Muito frágil e doentia, aos treze anos Bernardete foi viver na casa de sua ama de leite, onde foi empregada a guardar ovelhas. Ela não soube o que era uma escola, mas sabia rezar com fervor o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo. Por isso ignorava que, em 1854, o Papa definira o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria e que, por meio dela, Nossa Senhora queria espalhar essa devoção pelo mundo.

Muito piedosa Bernardete, mesmo antes das Aparições, trazia sempre consigo o terço, e o desfiava continuamente. Tinha uma alma tão pura e cândida, que atraíram o olhar da Santíssima Virgem. Assim, no dia 11 de fevereiro de 1858, ela teve a primeira das 18 aparições da Santíssima Virgem, numa cavidade do rochedo de Massabiele. Nessa primeira aparição, a Mãe de Deus limitou-se a sorrir e a desfiar as contas do seu rosário. Foi só na terceira aparição, no dia 18, que a Santíssima Virgem pediu-lhe que fosse à gruta durante 15 dias, e prometeu fazê-la feliz, não neste mundo, mas no outro.

Na aparição do dia 25 de fevereiro, Nossa Senhora pediu-lhe que fosse beber na fonte e lavar-se nela. E indicou-lhe com o dedo o lugar. Bernardete, encontrando apenas um pouco de lama, começou a cavar com as mãos, e surgiu a fonte milagrosa cujas águas têm operado tantos milagres. Finalmente, na aparição de 25 de março, a Mãe de Deus revelou-lhe: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Depois das aparições, começaram para Bernardete os sofrimentos, como Nossa Senhora lhe tinha predito. Ela entrou para o convento das Irmãs da Caridade de Nevers, e nele passou o resto de sua breve vida, trabalhando ora na enfermaria, ora como assistente da sacristã, ora criando lindas rendas para as toalhas do altar, mas sobretudo sofrendo.

Pois ela contraiu tuberculose óssea no joelho direito, tendo que passar muito tempo na cama ou ao cuidado dos médicos.

Quando lhe perguntavam a respeito das Aparições, ela afirmava humildemente: “Nossa Senhora usou-me como se usa uma vassoura para varrer o pó. Quando acaba o trabalho, a vassoura é recolocada atrás da porta”.

Em seu leito de dor, quando sofria severamente, Bernardete se lembrava das palavras da Santíssima Virgem “Penitência, penitência, penitência”, e dizia que os sofrimentos “são bons para o Céu”.

Bernadete faleceu aos 35 anos, no dia 16 de abril de 1879, quando rezava o rosário. No momento de entregar sua alma a Deus, ela exclamou: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, uma pobre pecadora”.

Seu corpo incorrupto é venerado na capela do Convento de São Gildard, em Nevers, onde ela viveu.

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